quarta-feira, 14 de abril de 2010
SANDRA RITA
Sandra Rita Madalena, às três da madrugada,
Sob o nimbo, em rubras flores da estrada,
Pés descalços, sobre o saibro, os machucavam.
E entre leque de rosa vermelha, choravam.
Em dissolutas águas, na algia, via estrela!
Bebera o cálix infando, pelo desejo de tê-la.
De olhos fincados, num breu assombroso,
Seca as lágrimas! O guaraz canta harmonioso.
Solitária estrela! Volta o sol à matina.
Mas ainda há liga do funículo ao hilo
Nato vivo! Folhagem protege a menina...
Faca de pedras separa, à vida, mãe e ela
Num bosque fechado por desventura
Nascera, de afinco, uma mármorebela´
(Áurea de Luz)
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