quarta-feira, 11 de agosto de 2010

AMOR SORRATEIRO

Das cartas de amor Relidas tantas vezes, restam-me palavras Dobradas, que já não as compreendo mais; A caverna é treva... A caneta dá voz ao verbo, E o verbo é amor. Do meu pensamento, a luz Que me conduz, E inflama A flâmula De minha alma... Vida esfalfada de queixume... Seu jeito de amar, sorrateiro, Extravasa meu ciúme... Manso, camufla-se, em ti, o cântaro, E meus gagos suspiros são meu espanto Por ainda amar-te deste tanto... (Áurea de Luz).

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